FIDI abre novas vagas de emprego em São Paulo; saiba mais

Por JC Concursos

As vagas são para as funções de Agente Administrativo, Auxiliar de Enfermagem, Enfermeiro e Técnico de Radiologia

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), gestora de serviços de diagnóstico por imagem da rede pública, que visa preencher 10 vagas de emprego destinadas a pessoas com deficiência (PCD) para atuação em hospitais da cidade de São Paulo.

As vagas são para as funções de Agente Administrativo, Auxiliar de Enfermagem, Enfermeiro e Técnico de Radiologia. Para áreas técnicas, é necessário estar com o Conselho Regional da categoria ativo. Para o cargo de agente administrativo, é requisito ter ensino médio completo e expertises básicas no pacote Office e de gestão de sistemas e documentos.

Os interessados podem se candidatar por meio da plataforma Gupy, ao acessar os links referentes a cada posição:

FIDI é referência no setor de diagnóstico por imagem e foi fundada em 1985 por médicos professores integrantes do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina, atual Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).  Mais informações sobre a instituição podem ser obtidas em www.fidi.org.br.

Artigo alerta sobre síndrome respiratória associada à Covid-19 e outras infecções virais

Por Portal Hospitais Brasil

A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é uma complicação respiratória associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. Segundo artigo publicado recentemente na revista científica The Lancet, por especialistas dos Estados Unidos e da Alemanha, em decorrência da pandemia da Covid-19, o número de casos aumentou consideravelmente desde o ano passado, o que destacou os desafios associados a síndrome, incluindo a alta mortalidade.

Identificada nas radiografias de tórax por imagens opacas em ambos os pulmões, o artigo explica que a SDRA é mais comum do que se acreditava inicialmente. Em 2016, um estudo com 459 pacientes na unidade de terapia intensiva (UTI) de 50 países apontou que 10% desses pacientes e 23% dos pacientes em ventilação mecânica se encaixavam nos critérios da doença, além de terem apresentado alta taxa de mortalidade hospitalar (35%-45%).

Com a pandemia global da Covid-19, a SDRA começou a ser mais discutida, já que muitos centros clínicos ficaram sobrecarregados com pacientes diagnosticados com a forma grave doença, ou seja, associada a SDRA, afirmam os pesquisadores Nuala J Meyer, da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia (EUA), Luciano Gattinoni, do Centro Médico da Universidade de Göttingen (AL), e Carolyn S Calfee, da Universidade da Califórnia (EUA).

Ainda segundo artigo, relatórios apontaram características únicas da síndrome quando relacionada a Covid-19, embora existam dados que sugerem semelhança com a SDRA clássica. Os relatos revelam também uma alta prevalência de trombose venosa e coagulopatia na síndrome associada ao Sars-Cov-2.

Apesar de ter sido observada redução da mortalidade associada à SDRA nos últimos anos, devido à diminuição das lesões pulmonares induzidas por ventilação mecânica, a mortalidade ainda é alta, situando-se em torno de 40%. “Neste contexto, o reconhecimento precoce por meio dos critérios clínicos e radiológicos, bem como o tratamento correto da SDRA, são essenciais para preservar a saúde dos pacientes”, explica Igor Santos, médico radiologista e Superintendente de Inovação e Dados da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), empresa responsável por gerir sistemas de diagnóstico por imagem na rede pública de saúde.

Para a SDRA ser diagnosticada, os problemas respiratórios, assim como anormalidades radiográficas, devem estar presentes por até 7 dias. Com a suspeita baseada nos critérios clínicos, a radiografia de tórax é o método de imagem inicial para complementar o diagnóstico. Já a tomografia de tórax pode substituir ou adicionar mais informações aos achados radiográficos, também sendo útil para quantificar o edema e o potencial recrutamento de parênquima pulmonar.

“Nela, é possível observar opacidades bilaterais consistentes com edema pulmonar, além de melhor identificar as opacidades que podem ser confundidas com a SDRA na radiolografia de tórax, como derrames pleurais isolados, atelectasias ou tumores”, pontua o médico.

Trata-se de uma doença grave e desafiadora, com diversos fatores de risco, como pneumonia e sepse de origem não-pulmonar, seguidos pela aspiração de conteúdo gástrico, sem contar o altíssimo índice de mortalidade. Porém, o tratamento pode ajudar a reparar os danos pulmonares ou limitar a resposta do organismo à lesão, por exemplo, ao reduzir qualquer excesso de líquido que possa se acumular em volta dos pulmões lesionados, segundo artigo publicado na The Lancet.

Referências:

1 Nuala J Meyer, Luciano Gattinoni, Carolyn S Calfee. Acute Respiratory Distress Syndrome. The Lancet; Julho de 2021.

Reação de vacina da Covid pode ser confundida erroneamente com câncer

Por Oncoguia

Com o aumento do número de pessoas vacinadas contra o coronavírus SARS-CoV-2, a tendência é de que mais casos de reações adversas, independente do grau, sejam relatados. Até agora, os efeitos mais comuns da vacinação contra a COVID-19 são: febre; mal-estar; e dor de cabeça. No entanto, algumas reações fogem desse “lugar-comum” e podem ser diagnosticadas, de forma equivocada, como uma suspeita de câncer de mama.  

De acordo com estudo publicado na revista científica American Journal of Roentgenology, foram observados casos de linfonodos axilares — inchaço nas axilas — após aplicação da primeira e/ou da segunda doses das vacinas de mRNA (RNA mensageiro) contra a COVID-19 em alguns pacientes. No entanto, os relatos de alteração na região e o aparecimento dos linfonodos acenderam um alerta em mulheres e centros de imagem, já que o quadro poderia ser entendido como uma suspeita de câncer de mama.

Reação à vacina X câncer de mama  

A confusão entre a reação adversa e o câncer de mama ocorre porque pode surgir um inchaço na região da axila, o que acaba sendo confundido com um linfoma cancerígeno. Segundo os estudos, esta reação foi identificada nos casos dos imunizantes da Moderna e da Pfizer/BioNTech. 

No levantamento, 11,6% dos imunizados com a fórmula da farmacêutica Moderna relataram nódulos linfáticos inchados após a primeira dose e 16% observaram o sintoma após a segunda dose. Agora, nos vacinados com a vacina da Pfizer/BioNTech, a taxa foi de apenas 0,3% ao longo do processo todo.

“É comum que os gânglios linfáticos apareçam no mesmo lado em que a vacina foi aplicada, como efeito colateral, em até 4 semanas após o recebimento de uma ou das duas doses”, explica Vivian Milani, médica radiologista especializada em mamas da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI). Inclusive, estes casos podem aparecer em exames de imagem como mamografias, tomografias computadorizadas ou ressonância magnética, sendo confundidos com falsos tumores.

Após identificar o gânglio, o que fazer?

No entanto, é necessário cautela ao se descobrir esses nódulos. “A resposta imunológica à vacina não indica alterações mamárias, muito pelo contrário. Trata-se de um acontecimento normal enquanto o corpo está construindo uma resposta imunológica para combater o vírus”, afirma a radiologista.

De acordo com estudo sobre a reação, pacientes que observarem alguma reação do tipo, podem procurar seu médico para uma avaliação, mas a conduta a ser realizada é aguardar entre 4 e 6 semanas para realizar um novo exame de imagem e confirmar se os nódulos axilares desapareceram ou involuíram.

Exames para câncer de mama

Sobre o câncer de mama, Milani ressalta a importância de que mulheres com mais de 40 anos realizem, anualmente, a mamografia. Antes desta idade, o indicado é passar pelo ultrassom também anual das mamas. Além desses exames, o autoexame é um importante aliado na prevenção. Com essas estratégias, é possível ter maior segurança contra a doença.

No atual cenário da pandemia da COVID-19 e da vacinação em massa, a radiologista destaca a importância de centros de imagem verificarem se as pessoas foram vacinadas antes da realização de exames, no intuito de evitar o susto com possíveis linfonodos axilares. Dessa forma, é possível evitar surpresas desagradáveis para as pacientes.

Nas últimas semanas, foram publicados dois artigos no American Journal of Roentgenology (AJR) sobre a reação adversa da vacinação de mRNA que pode ser confundida com câncer de mama. 

FIDI e Américas Amigas promovem curso gratuitos para técnicos em mamografia

Por Medicina S/A

A Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), responsável por gerir sistemas de diagnóstico por imagem em 74 unidades na rede pública de saúde, promove junto a ONG Américas Amigas, que tem como um de seus pilares de atuação a capacitação e treinamento de profissionais da saúde da área de câncer de mama, um curso online e gratuito de aperfeiçoamento em mamografia. A parceria entre as instituições visa melhorar a qualidade do exame mamográfico realizado por técnicos em mamografia de hospitais públicos e filantrópicos de todo o Brasil.

Inicialmente, 10 turmas serão abertas, com 30 profissionais em cada, mas caso a demanda seja maior, novas turmas serão disponibilizadas para aqueles que realizaram o cadastro e não conseguiram garantir uma vaga. Em 2021, cerca de 300 técnicos serão treinados e estarão mais preparados para realizar exames com qualidade.

Para se inscrever é necessário ser técnico em radiologia, com especialização em mamografia, registrado pelo Conselho Regional de Técnicos em Radiologia (CRTR) e atuar em hospital público ou filantrópico. O curso completo tem duração de três horas e o profissional inscrito possui 45 dias para concluí-lo no sistema. Caso haja interesse, basta acessar https://www.americasamigas.org.br/treinamento-e-capacitacao e selecionar o “modo online” do curso para concluir o cadastro.

O papel das filantrópicas na transformação da saúde

Por Medicina S/A –  Marcelo Cunha

O acesso universal a saúde para todos é um direito antigo, que vem sendo garantido por meio de uma revolução na assistência do setor, que traz aplicações que contribuem diariamente com a vida dos brasileiros: o Sistema Único de Saúde (SUS). Em números oficiais, o SUS é o único sistema de saúde pública do mundo que atende mais de 190 milhões de pessoas, com 80% delas dependendo exclusivamente do programa para qualquer tipo de atendimento. E instituições filantrópicas, ou seja, entidades sem fins lucrativos, com o objetivo de propagar ações de interesse público, atuam junto ao sistema para promover esse direito à população.

Atualmente, cerca de 2,6 mil delas existem no Brasil, de acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Essas entidades são de direito privado, porém sem fins lucrativos, e prestam grandes serviços aos 900 municípios brasileiros que não são atendidos por nenhuma esfera governamental na saúde e na educação, segundo dados do Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (FONIF).

Como é o caso da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) que, devido ao seu compromisso integral com a saúde, destina 100% de seus recursos em assistência médica aos indivíduos que utilizam o SUS, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.

Desde sua criação, há 36 anos, a FIDI vem organizando sua estrutura e desenvolvendo mecanismos de transparência, planejamento e execução das ações, para que sejam efetivas e beneficiem quem realmente necessita. Com isso em mente e reforçando seu papel e compromisso com a saúde da população, a instituição realiza ao longo do ano, em todas suas unidades e comunidades em que está presente, projetos de relevância social.

De acordo com outra pesquisa realizada pelo FONIF, a cada R$ 1 investido pelo Estado no setor com as imunidades fiscais, a contrapartida real é de R$ 7,39 em benefícios entregues aos brasileiros. Nos últimos 3 anos, a FIDI investiu mais de R$ 1 milhão em ações sociais e institucionais da fundação.

E não é de hoje que as campanhas de saúde da fundação são referências quando falamos na promoção da conscientização da população acerca da prevenção de doenças. A campanha Todos Pelo Rosa, por exemplo, acontece no intuito de diagnosticar precocemente o câncer de mama.

Desde 2018, quando teve início, a FIDI realizou gratuitamente mais de 2 mil mamografias, 300 ultrassonografias de mamas, 340 exames complementares e 41 biópsias. Além disso, o câncer de mama foi diagnosticado em 40 mulheres, que foram encaminhadas para o respectivo tratamento na rede pública. Quando a campanha acontece, mulheres de diversos munícipios vêm à São Paulo para realizar os exames, tamanha a carência de possibilidades no país.

E a carência não está somente na saúde, mas também na educação. Exatamente por isso, a fundação estabeleceu um compromisso com a capacitação e formação de novos profissionais ao instituir o projeto Mundo do Trabalho, que visa orientar jovens em fase pré-vestibular sobre as possibilidades de caminhos profissionais, por meio de histórias de colaboradores da instituição, que explicam um pouco mais sobre suas áreas e atividades.

Além destas, a FIDI vem sempre trabalhando em busca de ações que colaborem com o bem-estar da população, como é o caso das demais campanha de saúde como Novembro Azul, assim como o Projeto Humanização em Hospitais, que visa levar mais cores e leveza às salas de exames de diversos hospitais dos estados de São Paulo e Goiás.

Por fim, as instituições filantrópicas são parte fundamental do sistema de saúde público brasileiro, uma vez que além de serem genuínas para o exercício da cidadania, também complementam os governos municipais, estaduais e federal para promover o acesso universal à saúde, conforme estabelecido pela Constituição.

Com isso em mente, é essencial que, assim como a FIDI, entidades compreendam a importância da filantropia no processo de transformação da saúde no país, no intuito de proporcionar e, principalmente, garantir saúde de qualidade à toda população brasileira.


*Marcelo Cunha é CEO da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI).

Busca por exames essenciais entre mulheres tem queda na rede pública

Por Medicina S/A

A manutenção constante da saúde neste momento de crise sanitária nunca foi tão importante e, para isso, a rotina de consultas e exames continua sendo fundamental. Mas apesar desta orientação da comunidade médica à população, as instituições vêm observando uma queda na procura por exames essenciais durante o isolamento social. É o que aponta levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) – gestora de serviços de diagnóstico por imagem da rede pública.

Ao longo da pandemia da Covid-19, exames como a Mamografia e Transvaginal, ambos considerados fundamentais para a saúde da mulher, tiveram uma queda brusca quando comparados ao mesmo período pré-pandêmico. Em abril de 2019, por exemplo, a FIDI realizou 17.533 mamografias e 7.437 exames transvaginais. No mesmo período, em 2020, a instituição registrou apenas 1.483 e 1.328 exames realizados nas respectivas categorias. Para o primeiro, houve uma queda de mais de 91% na procura, enquanto 82% para o segundo. Em 2021, houve um crescimento considerado ainda pequeno na realização de ambos os exames, de 7.678 e 4.306, respectivamente.

“A FIDI é maior prestadora de serviços de diagnóstico por imagem do SUS, realizando aproximadamente 5 milhões de exames por ano, mas desde o início da pandemia, viemos registrando grande queda na busca por exames essenciais, o que nos preocupa. Sabemos que o cenário da Covid-19 é delicado, porém a realização de exames como forma de prevenção deve ser encorajada”, pontua Luís Tibana, Superintendente Médico da fundação.

A matemática que otimizou tempo de atendimento a pacientes com Covid-19

Por Medicina S/A – Tatiana Hesser

Testar, diagnosticar, cuidar. A pandemia da Covid-19 colocou sob os holofotes a realização de diferentes tipos de exames, em janelas de tempo exatas, para apoiar condutas médicas e a definição de protocolos.

Passamos a discutir o melhor dia para ir ao pronto-socorro após o início dos sintomas e o comprometimento de pulmões com amigos e familiares, como conversaríamos sobre assuntos do dia a dia.

E, se a população se viu aprofundada em etapas de diagnóstico e tratamentos, em suas ininterruptas horas de trabalho, dia após dia, os profissionais de saúde tiveram que mergulhar de cabeça nesses laudos para garantir que o relógio não corresse contra o organismo desses pacientes.

Somente na Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) – gestora de serviços de diagnóstico por imagem da rede pública em São Paulo – 2020 contabilizou 73,2 mil tomografias com o objetivo de auxiliar o diagnóstico de Covid-19. É como se, a partir do final de fevereiro do ano passado, com a confirmação do primeiro caso da doença, uma média de nove laudos fossem emitidos por hora até a chegada de 2021.

Sabendo da importância dos exames de imagem nos atendimentos de Covid-19, a FIDI também esteve presente no Hospital de Campanha do Ibirapuera e instalou sete containers para a realização da tomografia computadorizada à distância em hospitais da rede pública de São Paulo, que permitiram preparar 23 mil laudos.

Atribuímos a possibilidade de realizar um alto número desses exames à implantação de um sistema automatizado que ajuda a priorizar o atendimento a pacientes com suspeita de contaminação pelo vírus, de forma a reduzir o tempo de atendimento no sistema público de saúde de São Paulo. Para se ter uma ideia, a tecnologia – uma dentre as tantas que se mostraram fundamentais nessa pandemia – economizou 60.710 horas dos profissionais de saúde. Um ganho inestimável para uma categoria tão sobrecarregada e para milhares de paulistas.

Com a solução automatizada, as tomografias computadorizadas de tórax de pacientes na emergência e de internados são laudadas de maneira mais rápida pela equipe médica da FIDI, com redução de 22% e 16% do tempo, respectivamente. Para exames ambulatoriais, a resolução é dada com antecedência de 55% do tempo usual.

Além de equipamentos e tecnologias, é claro, os pacientes com suspeita e confirmação de Covid-19 necessitaram da expertise de profissionais que soubessem compreender as imagens dos exames e prestar atendimento de qualidade. Nesse sentido, então, foi o momento de dedicar mais tempo, e não economizar esforços em capacitações e qualificações. Ao todo, empenhamos quase 122 mil horas em treinamentos para os colaboradores em 2020.

Não há uma conta exata, mas é muito claro para nós que esse aprofundamento no conhecimento também possibilitou atendimentos mais breves e adequados a esses pacientes.

Se há um ensinamento que a pandemia nos trouxe é o de que, mais do que verba, a saúde pública precisa ganhar celeridade, pois o relógio de certas doenças corre mais rápido do que o nosso.


*Tatiana Hesser é superintendente de Gente & Gestão da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI).

Exames de imagem são fortes aliados no diagnóstico de doenças graves

Por Revista Saúde Coletiva

Tomografia computadorizada é um dos métodos de imagem mais modernos, atualmente muito utilizada na avaliação da gravidade do acometimento pulmonar, proporcionado pela contaminação da Covid-19

A eficácia no tratamento médico de muitas doenças depende várias vezes da agilidade com que ele se inicia. Para isso, o diagnóstico precoce e preciso é fundamental, e a tecnologia aplicada à saúde vem sendo uma grande aliada, ao demonstrar diversos avanços nos últimos anos. É cada vez mais comum que hospitais, clínicas médicas e consultórios apostem no uso de recursos tecnológicos para otimizar o seu dia a dia de trabalho, como é o caso da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) – gestora de serviços de diagnóstico por imagem da rede pública -, que vem investindo em equipamentos avançados, no intuito de auxiliar no diagnóstico de doenças graves, mas muitas vezes silenciosas.

Presente nos estados de São Paulo e Goiás, a FIDI realiza aproximadamente 5 milhões de exames por ano, entre ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultrassonografia, mamografia, raios-X, densitometria óssea e outros exames indispensáveis para a evolução da saúde moderna. De acordo com Helio Ajzen, superintendente de infraestrutura da FIDI, “a disponibilização desses exames, principalmente na rede pública, traz inovação e eficiência para a saúde dos brasileiros. Porém, é sempre válido destacarmos a importância de a população não postergar seus check-ups anuais, mesmo em meio a pandemia da Covid-19, no intuito de certificar que qualquer diagnóstico aconteça precocemente, garantindo maior chance de cura e qualidade de vida a esse paciente.”

Com isso em mente, a FIDI selecionou os principais e mais modernos exames realizados em suas 74 unidades, e algumas das doenças que ajudam a diagnosticar. Confira!

Ressonância Magnética

A Ressonância Magnética (RM) utiliza pulsos de radiofrequência para estimular átomos de hidrogênio e, através do retorno do sinal, formam-se imagens da anatomia normal e de patologia dos diversos órgãos e sistemas. Diferente da tomografia computadorizada, dos raios-X, da angiografia, da mamografia e da densitometria óssea, a ressonância magnética não utiliza radiação ionizante.

Esta é uma das ferramentas de maior valor agregado e permite o diagnóstico de doenças do cérebro, medula espinhal, coração, fígado, rins, bexiga, ovários, próstata, pâncreas e de todo sistema musculoesquelético. Exemplos de suas aplicabilidades incluem o diagnóstico e o estadiamento de doenças como: AVC (acidente vascular cerebral), esclerose múltipla, lesão de ligamento cruzado anterior no joelho, hérnia de disco, entre outros.

Tomografia Computadorizada (TC)

A Tomografia Computadorizada (TC) é um método de diagnóstico por imagem que se baseia na diferença de atenuação dos raios-X entre os órgãos e patologias. É muito utilizado nas diferentes áreas da medicina, tanto em regime ambulatorial quanto nosocomial e ganha ainda mais relevância na urgência e emergência, devido a rápida aquisição de suas imagens.

Atualmente, trata-se de um dos principais exames para investigar acidentes vasculares cerebrais (AVC), nódulos, tumores e vasos pulmonares e cerebrais, também muito utilizado para avaliar a gravidade do acometimento pulmonar, proporcionado pela Covid-19.

Mamografia

A mamografia é essencialmente um exame de rastreio por imagem que tem como objetivo maior o diagnóstico precoce do câncer de mama. Destacam-se como principais padrões de alterações os nódulos, as microcalcificações e as assimetrias focais. Todo exame deve ser classificado na escala de Bi-Rads como B0, B1, B2, B3, B4, B5 ou B6, que gradua o risco de os achados de imagem representarem um câncer de mama.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, estima-se que ao longo do triênio de 2020-2022 sejam diagnosticados 66.280 novos casos da doença, o que representa uma taxa de incidência de 61,61 por 100.000 mulheres. Vale ressaltar que, geralmente, o câncer de mama não dói e nem é palpável, sendo a mamografia a principal ferramenta no rastreio da doença. O exame é recomendado para todas as mulheres acima dos 50 anos de idade. Porém, isso pode variar de mulher para mulher, uma vez que, se houver histórico familiar, o procedimento deverá ser feito a partir dos 40 anos, sempre com a orientação médica.

Densitometria Óssea

Desenvolvida principalmente para medir a densidade mineral óssea, a Densitometria Óssea aponta possível perda de cálcio, além de avaliar risco de fraturas e detectar perda de massa óssea. Além disso, esse exame é muito utilizado para estabelecer o diagnóstico de osteoporose.

De acordo com valores de tabelas de referência, considerando gênero e idade, o exame mostra se o paciente está com osteoporose, doença silenciosa e assintomática, que acomete principalmente a população mais idosa e é responsável por mais de 9 milhões de fraturas por ano no país, cuja incidência já é de uma a cada três segundos, de acordo com dados da International Osteoporosis Foundation (IOF) .

Hemodinâmica

A Hemodinâmica é um exame diferenciado pois permite reduzir o número de cirurgias cardíacas abertas, que normalmente têm uma recuperação mais lenta e são muito mais invasivas para o paciente. O cateterismo cardíaco (hemodinâmica) é um procedimento que identifica e trata as obstruções nas artérias do coração por meio da introdução de um cateter (um tubo comprido, fino e flexível) em uma artéria. Suas principais indicações são os casos de angina (dores no peito que antecedem um infarto) ou infarto do miocárdio.

Biópsias guiadas por Ultrassonografia ou Tomografia Computadorizada

Os exames de Biópsias e Punções Guiadas por Ultrassonografia e por Tomografia Computadorizada tem por objetivo colher material de uma lesão ou de um órgão do corpo sob anestesia local para ser avaliado por um patologista. A biópsia é normalmente indicada tanto em enfermidades simples, como as verrugas, quanto nas mais graves, como o câncer. Em lesões suspeitas, ajuda a estabelecer o grau histológico de neoplasia e determinada natureza, taxa de crescimento e agressividade do tumor, ajudando a elaborar o plano de tratamento.

Além disso, o exame pode ajudar até mesmo na identificação de doenças infecciosas, determinando o agente causal. Em doenças autoimunes, pode ser feita a confirmação de alterações em órgãos ou tecidos.

Ultrassonografia

A Ultrassonografia é um método diagnóstico muito habitual, uma vez que utiliza-se o eco gerado através de ondas ultrassônicas para visualizar as estruturas internas do organismo. O ultrassom não emite radiação e, por isso, é o exame mais recomendável para gestantes e crianças. Ele também não possui efeitos colaterais e permite diagnóstico instantâneo.

Além disso, o exame ajuda a diagnosticar, principalmente, tumores, processos inflamatórios e infecciosos, formações de cálculos nos rins ou na vesícula e o estreitamento de vasos que podem comprometer o fluxo sanguíneo de órgãos vitais. A ultrassonografia é usada, ainda, para investigar o útero e os ovários, as mamas, próstata, tireoide, abdômen e partes moles da estrutura humana como músculos, gordura, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos, nervos periféricos e outros tecidos.

Raios-X

A radiografia, apelidada de Raio-X, é um exame de imagem não invasivo muito popular, pois ajuda no diagnóstico de fraturas e doenças com o uso de radiação, o qual atravessa órgãos e tecidos e cria imagens da região de interesse. A realização da radiografia é primordial para diagnosticar doenças em tecidos moles, como no aparelho digestivo e nos pulmões, tal qual a pneumonia o derrame pleural (acúmulo de líquido entre os tecidos que revestem os pulmões e o tórax).

Em pessoas que têm alguma dessas duas doenças, por exemplo, seus pulmões aparecem com manchas esbranquiçadas nos raios-x. Dessa forma, os radiologistas conseguem analisar as características da imagem e fazer diagnósticos, além de solicitar exames complementares para prosseguir em uma investigação mais profunda.

Ecocardiograma

Pouco invasivo e indolor, o ecocardiograma abrange os métodos de diagnóstico da estrutura e o funcional do coração com o uso do ultrassom. O exame é um dos que mais oferece informações para o diagnóstico e acompanhamento das diversas doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca (coração grande e fraco), sopro anormal, sequelas de infarto, e anomalias congênitas por exemplo. Ele é solicitado, ainda, para avaliar sintomas como falta de ar, palpitações, cansaço, inchaço e aumento da pressão arterial. Vale destacar que há algumas variedades do Ecocardiograma que se adequam aos sintomas do paciente.

Câncer de mama: pandemia reduz procura por mamografia preventiva e liga sinal de alerta

Por Olhar Digital

Desde o começo da pandemia de Covid-19 a doença passou a ser a principal preocupação da população, e não é para menos, o número de mortos por coronavírus no Brasil aumenta a cada dia e o cenário parece longe de melhorar. Mas, com o vírus em alta, muita gente acabou deixando de ir ao médico para realizar exames de rotina e um desses é a mamografia, principal forma de prevenção e diagnóstico do câncer de mama.

De acordo com dados do Painel Abramed, entre março e julho de 2020 houve uma redução de 63,4% no total de mamografias realizadas no Brasil quando comparado ao mesmo período de 2019. A recomendação do Ministério da Saúde é que toda mulher com idade entre 50 e 69 anos realize o exame de prevenção a cada dois anos.

Câncer de Mama

A diminuição desses exames pode levar a um aumento no número de casos graves de câncer de mama, uma vez que a descoberta precoce é um dos fatores determinantes para um tratamento bem-sucedido da doença. Uma pesquisa feita pelo IBOPE revelou que 73% das mulheres com mais de 60 anos disseram que iriam aguardar o fim da pandemia para realização do exame.

“Existem hoje dois cenários, um antes da pandemia, que estava indo muito bem, com um aumento do número de pacientes descobrindo o câncer de mama no começo da doença. Mas há também um cenário após o começo da pandemia, em que as mulheres passaram a ter medo de vir fazer o exame”, comenta a Dra. Vivian Milani, médica radiologista da FIDI, para o Olhar Digital.

A especialista ainda ressalta que nas últimas décadas houve mais informação sobre o câncer de mama circulando na mídia e as mulheres começaram a procurar mais fazer o exame. “Pelas mídias sociais as mulheres começaram a fazer o autoexame e a mamografia. Tinham várias campanhas, não só o outubro rosa, a gente estava vindo de um cenário bom”, explicou.

A médica ainda fala que atualmente estão sendo detectados mais tumores avançados. “Hoje estamos com mulheres chegando com módulos mais avançados de câncer de mama”, disse. Ainda segundo a Dra. Milani, é importante o exame pois nem todos os nódulos são cancerígenos e a mamografia é o primeiro passo para detectar isso.

“Muitas vezes a mamografia detecta nódulos muito pequenininhos, que no autoexame é impossível encontrar, por isso é tão importante (…) e os hospitais estão preparados com toda a segurança para atender as pacientes dentro do protocolo contra Covid-19”, finaliza.

Dia Mundial de Combate ao Câncer: conheça os avanços no tratamento da doença

Por Olhar Digital

O câncer é a segunda doença que mais mata no Brasil. É comum, portanto, que médicos e cientistas trabalhem incansavelmente no desenvolvimento de melhorias para seu tratamento. Em homenagem ao Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado nesta quinta-feira (8), o Olhar Digital decidiu descobrir o que há de mais moderno no tratamento e na prevenção da enfermidade.

Tratamento personalizado

Um dos principais fatores que aumentam as possibilidades do sucesso de um tratamento é a sua personalização. Atualmente, é possível analisar um tumor de forma muito mais profunda e criar, assim, um modelo de tratamento específico para cada paciente.

O Dr. Auro del Giglio, coordenador do setor de Oncologia Clínica do HCor, detalhou os avanços tecnológicos para o Olhar Digital. “Está se desvendando paulatinamente ao longo do tempo uma série de mecanismos novos da era das moléculas que está nos permitindo particularizar o tipo de tumor.”

Com novos algoritmos de análise, os testes genéticos que identificam predisposição a um tipo de câncer possuem um resultado muito mais completo. Isso fornece ao médico a possibilidade de implementar um tratamento mais eficiente, mais rápido e com mais tecnologia contra a doença.

Historicamente, os tumores têm sido estudados como uma mistura de todas as células presentes, muitas das quais não são cancerosas. Por meio do sequenciamento de RNA, cientistas puderam analisar tumores em uma resolução muito maior. A tecnologia também torna, cada vez mais fácil, diferenciar as células com câncer das saudáveis.

“Hoje você pode pegar um paciente com câncer no pulmão e descobrir que ele tem uma alteração genética que interfere naquele determinado gene, e que esse câncer é controlado com uma medicação oral por anos, aumentando seu tempo de vida”, explicou del Giglio.

De acordo com a médica radiologista da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), Dra. Vivian Milani, os avanços também são muito presentes no tratamento do câncer de mama. “Muita gente acha que o histórico familiar é o fator mais importante para o câncer de mama, mas graças às análises recentes, descobrimos que esse fator está associado a apenas 8 a 10% dos casos”, contou.

As medicações também avançaram e hoje conseguem combater o câncer de formam mais efetiva. Antigamente, o tratamento se resumia praticamente a cirurgias, quimioterapia e radioterapia. “Antes, as mulheres quando ouviam a palavra câncer de mama já se assustavam, pois pensavam direto na quimioterapia, mas hoje existem tratamentos que dispensam o procedimento para alguns tipos de tumor”, explicou a radiologista.

Del Giglio reforçou, também, que a própria quimioterapia “teve uma evolução, com as novas drogas com menos efeitos colaterais“. O tratamento atual consegue funcionar por meio da “terapia alvo”, agindo de forma mais específica nas células doentes e reduzindo os efeitos, como náuseas e quedas de cabelo.

Mamografia é exemplo na detecção de tumores

Na última década, a mamografia digital se tornou dominante na detecção do quadro. “A mamografia digital é um raio-x da mama, assim como a convencional, a diferença é que você consegue ir acompanhando na hora, sem precisar imprimir a imagem”, disse a especialista.

O diagnóstico computadorizado também ajuda a mostrar imagens mais detalhadas e o resultado pode sair mais rápido. “Hoje em dia as mulheres preferem bem mais esse modelo. Quando elas ficam sabendo que há a possibilidade de usá-lo, logo pedem por ele. Até cinco ou seis anos atrás a gente ainda via alguns lugares que usavam a mamografia tradicional, mas hoje é tudo digital praticamente”, explicou a Dra. Milani.

A mamografia como exame de prevenção também ajudou a aumentar o número de pacientes curadas. As mulheres que participaram do rastreamento mamográfico tiveram uma redução do risco de morte de 60%, segundo um estudo sueco divulgado pela Sociedade Brasileira de Mastologia. “A procura por exames de prevenção aumentou à medida que as informações ficaram mais disponíveis e as mulheres entenderam sua importância”, ressaltou a especialista.

Além da mamografia, que é a principal forma de detecção, ainda podem ser usados o ultrassom e a ressonância magnética, dependendo do quadro do paciente. Na maioria das situações, no entanto, a mamografia é suficiente.

A evolução da tecnologia no combate ao câncer também está presente na radiologia com o PET Scan, que permite o diagnóstico por imagens moleculares e reduz as chances de metástases. O modelo usa uma droga radioativa, chamada de traçador, que consegue emitir sinais captados pela máquina. Os novos equipamentos ainda possibilitam que o tratamento seja feito em uma zona mais específica, deixando órgãos em que o tumor não se manifesta de lado.