FIDI lança portal com dados sobre exames de imagem

Por: Medicina S/A

A Fundação Instituto de Pesquisa em Diagnóstico por Imagem (FIDI) lançou o site FIDI em Números para divulgar informações sobre exames de imagem e demografia de pacientes colhidas entre 2018 e 2021 nas unidades do SUS onde a instituição atua. A página dá acesso a dados de exames para diagnóstico de doenças raras e Covid-19, como tipo do laudo, quantidade realizada e idade média dos pacientes.

De 2018 a 2021, a fundação realizou, em média, 3.37 milhões de exames por ano. Anualmente a média de pacientes atendidos foi de 1.85 milhão. No período, os exames mais realizados foram: raio-X (7.5 milhões), ultrassonografia (2.7 milhões), tomografia (2.3 milhões), mamografia (577.3 mil) e ressonância magnética (253.7 mil).

“Este projeto retrata a trajetória de FIDI no processo de amplificação do acesso à saúde no setor público, ajudando quem mais precisa. Nosso trabalho na realização de diagnóstico por imagem é fundamental para a democratização do cuidado e para a escolha do melhor tratamento para cada paciente, garantindo mais qualidade de vida”, comenta Dr. Igor Santos, médico radiologista e superintendente da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI).

Para acessar os dados clique aqui.

Covid-19 fez total de mamografias feitas em hospitais públicos cair 42%, aponta estudo

Por: Coluna da Monica Bergamo Folha de São Paulo

A chegada da Covid-19 no Brasil fez com que o número de mamografias realizadas em hospitais públicos caísse 42% em 2020, em relação a 2019. Os dados são de levantamento da Fidi (Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem) com 43 hospitais públicos em São Paulo e em Goiânia nos quais a entidade atua.

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Ainda segundo o estudo, houve aumento desses exames em 2021 — mas ainda não foram alcançados os patamares de 2019. A FIDI registrou crescimento de 27% nos primeiros oito meses do ano, em relação ao mesmo período em 2020.

Artigo alerta sobre síndrome respiratória associada à Covid-19 e outras infecções virais

Por Portal Hospitais Brasil

A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é uma complicação respiratória associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. Segundo artigo publicado recentemente na revista científica The Lancet, por especialistas dos Estados Unidos e da Alemanha, em decorrência da pandemia da Covid-19, o número de casos aumentou consideravelmente desde o ano passado, o que destacou os desafios associados a síndrome, incluindo a alta mortalidade.

Identificada nas radiografias de tórax por imagens opacas em ambos os pulmões, o artigo explica que a SDRA é mais comum do que se acreditava inicialmente. Em 2016, um estudo com 459 pacientes na unidade de terapia intensiva (UTI) de 50 países apontou que 10% desses pacientes e 23% dos pacientes em ventilação mecânica se encaixavam nos critérios da doença, além de terem apresentado alta taxa de mortalidade hospitalar (35%-45%).

Com a pandemia global da Covid-19, a SDRA começou a ser mais discutida, já que muitos centros clínicos ficaram sobrecarregados com pacientes diagnosticados com a forma grave doença, ou seja, associada a SDRA, afirmam os pesquisadores Nuala J Meyer, da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia (EUA), Luciano Gattinoni, do Centro Médico da Universidade de Göttingen (AL), e Carolyn S Calfee, da Universidade da Califórnia (EUA).

Ainda segundo artigo, relatórios apontaram características únicas da síndrome quando relacionada a Covid-19, embora existam dados que sugerem semelhança com a SDRA clássica. Os relatos revelam também uma alta prevalência de trombose venosa e coagulopatia na síndrome associada ao Sars-Cov-2.

Apesar de ter sido observada redução da mortalidade associada à SDRA nos últimos anos, devido à diminuição das lesões pulmonares induzidas por ventilação mecânica, a mortalidade ainda é alta, situando-se em torno de 40%. “Neste contexto, o reconhecimento precoce por meio dos critérios clínicos e radiológicos, bem como o tratamento correto da SDRA, são essenciais para preservar a saúde dos pacientes”, explica Igor Santos, médico radiologista e Superintendente de Inovação e Dados da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), empresa responsável por gerir sistemas de diagnóstico por imagem na rede pública de saúde.

Para a SDRA ser diagnosticada, os problemas respiratórios, assim como anormalidades radiográficas, devem estar presentes por até 7 dias. Com a suspeita baseada nos critérios clínicos, a radiografia de tórax é o método de imagem inicial para complementar o diagnóstico. Já a tomografia de tórax pode substituir ou adicionar mais informações aos achados radiográficos, também sendo útil para quantificar o edema e o potencial recrutamento de parênquima pulmonar.

“Nela, é possível observar opacidades bilaterais consistentes com edema pulmonar, além de melhor identificar as opacidades que podem ser confundidas com a SDRA na radiolografia de tórax, como derrames pleurais isolados, atelectasias ou tumores”, pontua o médico.

Trata-se de uma doença grave e desafiadora, com diversos fatores de risco, como pneumonia e sepse de origem não-pulmonar, seguidos pela aspiração de conteúdo gástrico, sem contar o altíssimo índice de mortalidade. Porém, o tratamento pode ajudar a reparar os danos pulmonares ou limitar a resposta do organismo à lesão, por exemplo, ao reduzir qualquer excesso de líquido que possa se acumular em volta dos pulmões lesionados, segundo artigo publicado na The Lancet.

Referências:

1 Nuala J Meyer, Luciano Gattinoni, Carolyn S Calfee. Acute Respiratory Distress Syndrome. The Lancet; Julho de 2021.

Reação de vacina da Covid pode ser confundida erroneamente com câncer

Por Oncoguia

Com o aumento do número de pessoas vacinadas contra o coronavírus SARS-CoV-2, a tendência é de que mais casos de reações adversas, independente do grau, sejam relatados. Até agora, os efeitos mais comuns da vacinação contra a COVID-19 são: febre; mal-estar; e dor de cabeça. No entanto, algumas reações fogem desse “lugar-comum” e podem ser diagnosticadas, de forma equivocada, como uma suspeita de câncer de mama.  

De acordo com estudo publicado na revista científica American Journal of Roentgenology, foram observados casos de linfonodos axilares — inchaço nas axilas — após aplicação da primeira e/ou da segunda doses das vacinas de mRNA (RNA mensageiro) contra a COVID-19 em alguns pacientes. No entanto, os relatos de alteração na região e o aparecimento dos linfonodos acenderam um alerta em mulheres e centros de imagem, já que o quadro poderia ser entendido como uma suspeita de câncer de mama.

Reação à vacina X câncer de mama  

A confusão entre a reação adversa e o câncer de mama ocorre porque pode surgir um inchaço na região da axila, o que acaba sendo confundido com um linfoma cancerígeno. Segundo os estudos, esta reação foi identificada nos casos dos imunizantes da Moderna e da Pfizer/BioNTech. 

No levantamento, 11,6% dos imunizados com a fórmula da farmacêutica Moderna relataram nódulos linfáticos inchados após a primeira dose e 16% observaram o sintoma após a segunda dose. Agora, nos vacinados com a vacina da Pfizer/BioNTech, a taxa foi de apenas 0,3% ao longo do processo todo.

“É comum que os gânglios linfáticos apareçam no mesmo lado em que a vacina foi aplicada, como efeito colateral, em até 4 semanas após o recebimento de uma ou das duas doses”, explica Vivian Milani, médica radiologista especializada em mamas da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI). Inclusive, estes casos podem aparecer em exames de imagem como mamografias, tomografias computadorizadas ou ressonância magnética, sendo confundidos com falsos tumores.

Após identificar o gânglio, o que fazer?

No entanto, é necessário cautela ao se descobrir esses nódulos. “A resposta imunológica à vacina não indica alterações mamárias, muito pelo contrário. Trata-se de um acontecimento normal enquanto o corpo está construindo uma resposta imunológica para combater o vírus”, afirma a radiologista.

De acordo com estudo sobre a reação, pacientes que observarem alguma reação do tipo, podem procurar seu médico para uma avaliação, mas a conduta a ser realizada é aguardar entre 4 e 6 semanas para realizar um novo exame de imagem e confirmar se os nódulos axilares desapareceram ou involuíram.

Exames para câncer de mama

Sobre o câncer de mama, Milani ressalta a importância de que mulheres com mais de 40 anos realizem, anualmente, a mamografia. Antes desta idade, o indicado é passar pelo ultrassom também anual das mamas. Além desses exames, o autoexame é um importante aliado na prevenção. Com essas estratégias, é possível ter maior segurança contra a doença.

No atual cenário da pandemia da COVID-19 e da vacinação em massa, a radiologista destaca a importância de centros de imagem verificarem se as pessoas foram vacinadas antes da realização de exames, no intuito de evitar o susto com possíveis linfonodos axilares. Dessa forma, é possível evitar surpresas desagradáveis para as pacientes.

Nas últimas semanas, foram publicados dois artigos no American Journal of Roentgenology (AJR) sobre a reação adversa da vacinação de mRNA que pode ser confundida com câncer de mama. 

A matemática que otimizou tempo de atendimento a pacientes com Covid-19

Por Medicina S/A – Tatiana Hesser

Testar, diagnosticar, cuidar. A pandemia da Covid-19 colocou sob os holofotes a realização de diferentes tipos de exames, em janelas de tempo exatas, para apoiar condutas médicas e a definição de protocolos.

Passamos a discutir o melhor dia para ir ao pronto-socorro após o início dos sintomas e o comprometimento de pulmões com amigos e familiares, como conversaríamos sobre assuntos do dia a dia.

E, se a população se viu aprofundada em etapas de diagnóstico e tratamentos, em suas ininterruptas horas de trabalho, dia após dia, os profissionais de saúde tiveram que mergulhar de cabeça nesses laudos para garantir que o relógio não corresse contra o organismo desses pacientes.

Somente na Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) – gestora de serviços de diagnóstico por imagem da rede pública em São Paulo – 2020 contabilizou 73,2 mil tomografias com o objetivo de auxiliar o diagnóstico de Covid-19. É como se, a partir do final de fevereiro do ano passado, com a confirmação do primeiro caso da doença, uma média de nove laudos fossem emitidos por hora até a chegada de 2021.

Sabendo da importância dos exames de imagem nos atendimentos de Covid-19, a FIDI também esteve presente no Hospital de Campanha do Ibirapuera e instalou sete containers para a realização da tomografia computadorizada à distância em hospitais da rede pública de São Paulo, que permitiram preparar 23 mil laudos.

Atribuímos a possibilidade de realizar um alto número desses exames à implantação de um sistema automatizado que ajuda a priorizar o atendimento a pacientes com suspeita de contaminação pelo vírus, de forma a reduzir o tempo de atendimento no sistema público de saúde de São Paulo. Para se ter uma ideia, a tecnologia – uma dentre as tantas que se mostraram fundamentais nessa pandemia – economizou 60.710 horas dos profissionais de saúde. Um ganho inestimável para uma categoria tão sobrecarregada e para milhares de paulistas.

Com a solução automatizada, as tomografias computadorizadas de tórax de pacientes na emergência e de internados são laudadas de maneira mais rápida pela equipe médica da FIDI, com redução de 22% e 16% do tempo, respectivamente. Para exames ambulatoriais, a resolução é dada com antecedência de 55% do tempo usual.

Além de equipamentos e tecnologias, é claro, os pacientes com suspeita e confirmação de Covid-19 necessitaram da expertise de profissionais que soubessem compreender as imagens dos exames e prestar atendimento de qualidade. Nesse sentido, então, foi o momento de dedicar mais tempo, e não economizar esforços em capacitações e qualificações. Ao todo, empenhamos quase 122 mil horas em treinamentos para os colaboradores em 2020.

Não há uma conta exata, mas é muito claro para nós que esse aprofundamento no conhecimento também possibilitou atendimentos mais breves e adequados a esses pacientes.

Se há um ensinamento que a pandemia nos trouxe é o de que, mais do que verba, a saúde pública precisa ganhar celeridade, pois o relógio de certas doenças corre mais rápido do que o nosso.


*Tatiana Hesser é superintendente de Gente & Gestão da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI).

Automatização apoia FIDI em atendimento de 46 mil pacientes

O sistema automatizado implementado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) – gestora de serviços de diagnóstico por imagem da rede pública já priorizou 46 mil casos de pacientes com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus

Por Medicina S/A

tecnologia, usada em 47 unidades de saúde atendidas pela FIDI no Estado de São Paulo, ajuda a evitar a propagação do vírus e melhora a resolutividade dos casos.

Destes 46 mil casos, 25 mil tiveram achados de imagens suspeitos para Covid-19, ou seja, 54% do total. A média de idade destes pacientes é de 55 anos, sendo a maioria masculina (54%).

Somente na cidade de São Paulo, em 12 hospitais com gestão da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foram priorizadas 16.000 tomografias computadorizadas de tórax em pacientes com suspeita clínica de contaminação por Covid-19. Deste total, 7.646 tiveram achados de imagens suspeitos para Covid-19, ou seja, 54% do total.

A nova rotina de atendimento começa na abertura da ficha, quando é marcada como suspeita para a doença, de acordo com o pedido médico. Após isso, este paciente é priorizado para realização de tomografia computadorizada de tórax e seu exame é avaliado imediatamente. Uma vez realizada a checagem, independentemente de ser positiva ou negativa para Covid-19, o médico a sinaliza no sistema como exame suspeito para a doença, encaminhando a imagem e o laudo para a rede de hospitais e, também, para os celulares dos médicos solicitantes, que conseguem ver esses resultados de maneira mais ágil.

Se o exame não tiver indícios da doença, o paciente é liberado rapidamente, o que evita o risco de ser infectado pelo vírus dentro da unidade hospitalar. Se o resultado for positivo, ele é imediatamente encaminhado para conduta médica. As ações são tomadas a fim de evitar a propagação do vírus no ambiente hospitalar e de melhorar a eficiência e resolutividade dos casos.

Igor Santos, médico radiologista e superintendente de Inovação da FIDI, explica que todos as informações são registradas em um banco de dados, atualizado em tempo real. “O sistema é capaz de apontar quantos casos de suspeita clínica e suspeita tomográfica são lançados por dia, em cada unidade, quantos pacientes são internados, em quais hospitais, além da distribuição por faixa etária”, esclarece.

Com a constante atualização de informações, a Fundação tem controle de todas as fichas abertas como suspeitas clínicas e tomográficas para a doença. “Quando a checagem aponta como suspeita tomográfica, há uma grande chance de haver infecção pelo coronavírus. Contudo, isso ainda não confirma o diagnóstico, que é dado pelo PCR, exame responsável por detectar o vírus”, explica o médico.

Exames de imagem incorporam a inteligência artificial para diagnósticos mais rápidos

Diante da Covid-19, os computadores precisaram aprender mais uma lição com a medicina. E agora já podem avaliar, com precisão, as condições de um pulmão atingido pela doença.

Por Jornal Nacional

No combate à Covid, a rapidez do resultado de um exame de imagem pode ser crucial para um paciente.

As tomografias foram fundamentais desde o início da pandemia, quando havia poucos testes para confirmar a Covid-19 e o resultado podia demorar semanas. Ainda hoje, ajudam os médicos na primeira avaliação e encaminhamento de pacientes que apresentam uma imagem esbranquiçada e leitosa nos pulmões.

“O que a gente identificou na Covid-19: as alterações que nós tínhamos nos pulmões não eram uma alteração de origem respiratória e sim uma alteração de origem hematológica, que você tinha microcoagulações que provocavam essa imagem de vidro fosco”, explica Luiz Carlos Zamarco, superintendente do Hospital do Servidor Público Municipal.

Nos hospitais e unidades de saúde da prefeitura de São Paulo, os exames de imagem são terceirizados. Com a pandemia, a central de laudos da empresa passou a priorizar os casos suspeitos de Covid. Os exames passam na frente, na fila, e os mais de 150 radiologistas, que trabalham em casa, emitem os laudos em, no máximo, meia hora.

“A ideia de acelerar esses laudos era de rapidamente uma pessoa que tenha uma suspeita diagnóstica já ser tratado, e quem não tem já ir para casa para evitar a contaminação. Durante esse período, nós fizemos mais de 40 mil exames e tivemos aproximadamente 50% de suspeitas diagnósticas”, conta Marcelo Cunha, presidente da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem.

A inteligência artificial, com o chamado aprendizado de máquina, não é novidade em diagnósticos médicos de acidentes vasculares, por exemplo. Pois, com a Covid-19, os computadores tiveram que aprender mais uma lição com a medicina. E, agora, já podem avaliar, com precisão, as condições de um pulmão atingido pela doença.

“Nós pegamos cerca de mil pacientes com tomografia computadorizada do pulmão alterada por Covid. Médicos interpretam e circulam e pintam as áreas de pulmão normal e de pulmão alterado. A máquina passa a interpretar o que é alteração, o que é normal e, a partir de um determinado momento, ela faz isso de forma automática”, explica Emerson Gasparetto, vice-presidente médico da Dasa.

O nome que se dá a esse tipo de sequência lógica é algoritmo. Ele foi criado por uma empresa privada, mas o acesso à plataforma, pela internet, é livre para médicos. “A partir do momento em que os dados, em que a tomografia do paciente vai para a nuvem, em cinco minutos está no e-mail do médico já a interpretação do percentual que está acometido daquele pulmão”, afirma Emerson Gasparetto, vice-presidente médico da Dasa.

E rapidez no combate à Covid. “É fundamental porque o paciente está ali na sala de espera e você precisa dar uma solução para esse paciente e já providenciar o isolamento”, destaca Luiz Carlos Zamarco, superintendente do Hospital do Servidor Público Municipal.

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