Covid-19 fez total de mamografias feitas em hospitais públicos cair 42%, aponta estudo

Por: Coluna da Monica Bergamo Folha de São Paulo

A chegada da Covid-19 no Brasil fez com que o número de mamografias realizadas em hospitais públicos caísse 42% em 2020, em relação a 2019. Os dados são de levantamento da Fidi (Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem) com 43 hospitais públicos em São Paulo e em Goiânia nos quais a entidade atua.

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Ainda segundo o estudo, houve aumento desses exames em 2021 — mas ainda não foram alcançados os patamares de 2019. A FIDI registrou crescimento de 27% nos primeiros oito meses do ano, em relação ao mesmo período em 2020.

FIDI e Américas Amigas promovem curso gratuitos para técnicos em mamografia

Por Medicina S/A

A Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), responsável por gerir sistemas de diagnóstico por imagem em 74 unidades na rede pública de saúde, promove junto a ONG Américas Amigas, que tem como um de seus pilares de atuação a capacitação e treinamento de profissionais da saúde da área de câncer de mama, um curso online e gratuito de aperfeiçoamento em mamografia. A parceria entre as instituições visa melhorar a qualidade do exame mamográfico realizado por técnicos em mamografia de hospitais públicos e filantrópicos de todo o Brasil.

Inicialmente, 10 turmas serão abertas, com 30 profissionais em cada, mas caso a demanda seja maior, novas turmas serão disponibilizadas para aqueles que realizaram o cadastro e não conseguiram garantir uma vaga. Em 2021, cerca de 300 técnicos serão treinados e estarão mais preparados para realizar exames com qualidade.

Para se inscrever é necessário ser técnico em radiologia, com especialização em mamografia, registrado pelo Conselho Regional de Técnicos em Radiologia (CRTR) e atuar em hospital público ou filantrópico. O curso completo tem duração de três horas e o profissional inscrito possui 45 dias para concluí-lo no sistema. Caso haja interesse, basta acessar https://www.americasamigas.org.br/treinamento-e-capacitacao e selecionar o “modo online” do curso para concluir o cadastro.

Câncer de mama: pandemia reduz procura por mamografia preventiva e liga sinal de alerta

Por Olhar Digital

Desde o começo da pandemia de Covid-19 a doença passou a ser a principal preocupação da população, e não é para menos, o número de mortos por coronavírus no Brasil aumenta a cada dia e o cenário parece longe de melhorar. Mas, com o vírus em alta, muita gente acabou deixando de ir ao médico para realizar exames de rotina e um desses é a mamografia, principal forma de prevenção e diagnóstico do câncer de mama.

De acordo com dados do Painel Abramed, entre março e julho de 2020 houve uma redução de 63,4% no total de mamografias realizadas no Brasil quando comparado ao mesmo período de 2019. A recomendação do Ministério da Saúde é que toda mulher com idade entre 50 e 69 anos realize o exame de prevenção a cada dois anos.

Câncer de Mama

A diminuição desses exames pode levar a um aumento no número de casos graves de câncer de mama, uma vez que a descoberta precoce é um dos fatores determinantes para um tratamento bem-sucedido da doença. Uma pesquisa feita pelo IBOPE revelou que 73% das mulheres com mais de 60 anos disseram que iriam aguardar o fim da pandemia para realização do exame.

“Existem hoje dois cenários, um antes da pandemia, que estava indo muito bem, com um aumento do número de pacientes descobrindo o câncer de mama no começo da doença. Mas há também um cenário após o começo da pandemia, em que as mulheres passaram a ter medo de vir fazer o exame”, comenta a Dra. Vivian Milani, médica radiologista da FIDI, para o Olhar Digital.

A especialista ainda ressalta que nas últimas décadas houve mais informação sobre o câncer de mama circulando na mídia e as mulheres começaram a procurar mais fazer o exame. “Pelas mídias sociais as mulheres começaram a fazer o autoexame e a mamografia. Tinham várias campanhas, não só o outubro rosa, a gente estava vindo de um cenário bom”, explicou.

A médica ainda fala que atualmente estão sendo detectados mais tumores avançados. “Hoje estamos com mulheres chegando com módulos mais avançados de câncer de mama”, disse. Ainda segundo a Dra. Milani, é importante o exame pois nem todos os nódulos são cancerígenos e a mamografia é o primeiro passo para detectar isso.

“Muitas vezes a mamografia detecta nódulos muito pequenininhos, que no autoexame é impossível encontrar, por isso é tão importante (…) e os hospitais estão preparados com toda a segurança para atender as pacientes dentro do protocolo contra Covid-19”, finaliza.