O aumento da demanda por exames de diagnóstico por imagem é uma realidade nos sistemas de saúde, especialmente em hospitais com alta rotatividade de pacientes. Mas até que ponto essa demanda é realmente necessária e como avaliar exames desnecessários?
Um estudo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) mostra que até 30% dos exames solicitados poderiam ser evitados com protocolos clínicos mais eficientes. Esse excesso gera impactos profundos — tanto nos custos operacionais quanto na qualidade da assistência oferecida aos pacientes.
Neste blog, vamos explorar os principais problemas causados pela solicitação de exames desnecessários e como as instituições de saúde podem reverter esse cenário por meio de boas práticas e tecnologia.
1. Aumento de custos operacionais com exames desnecessários
Cada exame realizado exige uma estrutura completa: equipamentos, equipe técnica, insumos e tempo de profissionais especializados. Quando esses exames não agregam valor clínico, o custo se torna um desperdício.
Em hospitais, onde há grande quantidade de recursos, esse impacto é ainda mais sensível. Como mostramos em nosso conteúdo sobre o uso de inteligência artificial aplicada ao raio-X, a tecnologia pode ajudar a racionalizar o uso de recursos — mas o primeiro passo é garantir que cada solicitação tenha critério técnico.
2. Sobrecarga de equipes e infraestrutura
Médicos, radiologistas e técnicos enfrentam uma rotina intensa, e os exames desnecessários agravam esse cenário. A sobrecarga leva à lentidão nos fluxos, aumento das filas e riscos de erros por excesso de volume. Além disso, muitos exames precisam ser refeitos ou reavaliados, consumindo ainda mais tempo e recursos da equipe.
3. Risco de atrasos em diagnósticos prioritários
Quando a fila para exames está cheia de solicitações, casos prioritários acabam aguardando mais do que deveriam. Isso compromete o tempo de resposta clínica e pode afetar diretamente o prognóstico dos pacientes. Em situações de urgência, o tempo é fator determinante — e uma fila desorganizada pode custar caro.
4. Impacto negativo na jornada do paciente
Exames desnecessários representam desgaste para o paciente. Seja pelo tempo de espera, deslocamento, uso de contraste ou exposição à radiação, o processo pode gerar ansiedade e até riscos à saúde. O foco deve estar na experiência do paciente — e isso inclui evitar etapas desnecessárias que não trazem valor.
5. Desalinhamento com a Medicina Baseada em Valor
A Medicina Baseada em Valor preconiza que o cuidado ideal é aquele que entrega o melhor desfecho com o menor desperdício possível. Solicitar exames desnecessários vai na contramão desse princípio.
Em entrevista à revista Medicina S/A, o Dr. Osvaldo Landi, gerente médico de Inovação e Dados da FIDI, explicou como protocolos clínicos bem definidos e o uso de dados ajudam a determinar se um exame é mesmo necessário.
FIDI, onde a eficiência e qualidade andam juntas.
Reduzir o número de exames desnecessários não significa limitar o cuidado — pelo contrário, é uma forma de torná-lo mais estratégico, seguro e centrado no paciente. A FIDI tem experiência na implementação de soluções baseadas em dados, protocolos médicos e inteligência artificial para apoiar hospitais públicos na otimização da jornada do paciente, com ganhos para a gestão e para a assistência. Se inscreva no formulário abaixo, agende uma reunião para entendermos juntos identificar se sua instituição realiza exames desnecessários.